Tuesday, April 08, 2008

Libertas quae sera tamen

Vale a pena ter liberdade?e fosse há algum tempo atrás diria "sim,claro!" e devo confessar que agora simplesmente não sei dizer.No momento há mais sentido dizer que há um grande dualismo;Quando eu lia mais mitologias e obras Shakespearianas,eu realmente acreditava que era algo necessário,mas agora estudando Marx e outros pensadores,assistindo mais a um telejornal;Vi uma vez uma reportagem sobre a Rússia,lá não existe classe média e sim:rico ou pobre;e o repotér perguntava à alguns senhores que cortavam lenha se eles preferiam o capitalismo ou o socialismo,talvez uma das perguntas mais óbvias que se faz à um país como a Rússia em época de eleição;o que posso dizer é que a resposta de um desses senhores não foi óbvia para mim:"Está certo que com o capitalismo temos liberdade,mas com o socialismo tinhámos o que comer."Isso me fez pensar na minha visão do comunismo que eu tinha até então,pois conhecendo alguém que sofreu os impactos do comunismo,era fácil sentir antipatia.
Será que é imperdoável ceder sua liberdade em prol de comida,um bem vital?Muitos dizem que isso é mundano,é pequeno,mas alguém que não tem o que comer mal garante a sua vida,quem dirá a liberdade.
Por outro lado será que a liberdade é a ave condoreira dos "românticos"?que voa tão alto,sendo quase inalcansável?Será que nos temos autonomia para escolher algo?Existem ideais heróicos?perguntas são talvez a resposta de outras perguntas,que encadeiam o conhecimento da humanidade.
Acredito que a herança de um mundo bipolar irá questionar a ex-países comunistas e o globo em geral,até conseguirem ter uma visão concreta;queremos justificar o motivo de tantas guerras,revoluções,perdas e sofrimentos,embora saibamos que para encontra-la não precisamos acorrentar almas e sim nos encontrar,nos auto conhecer.

1 comment:

Lucas Febraro said...

Muito interessante, essa idéia. Eu acho que a resposta é simples: liberdade e comida são dois direitos inalienáveis garantidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Qualquer regime que falhe em atender a qualquer um dos dois, não é um bom regime. E não há como dizer quem é pior que o outro.