Winter Storm

A mulher sentou-se,ainda com as vestes de dormir,tomava seu café em uma poltrona localizada perto da janela,que refletia a incerteza de que tempo faria aquela cálida manhã.Agora lia o jornal,que com alguns escritos garrafais ,parecia não querer dizer nada fora,"Hoje é uma manha de Abril",o que é óbvio,ela já sabia.Fechou o jornal e procurou um livro entitulado "Orlando",começou a folhea-lo tentando encontrar um pouco da filosofia de Virginia Woolf que grifara na noite anterior.Nessas idas e vindas de páginas,encontrou o que parecia ser um pedaço de alguma letra de música,parecia ter a grafia de sua filha que se lia:"Sonho que se sonha só/É um sonho que se sonha só/mas sonho que se sonha junto é realidade".(Raul Seixas).Tomou um gole de café que não lhe desceu tão bem devido ao nervosismo fundido com a dúvida e a ansiedade que estava.Virou o papel do lado oposto,e só Deus sabe,teve um pressentimento a respeito de sua filha,quando o telefone toca.Ao atender logo reconhece a voz do seu marido e lhe diz:
-William,a Clarice está quase decolando no aeroporto,me encontre em frente ao prédio.Ele mal tivera tempo de dizer ok e ela já tinha desligado o telefone.Algum tempo depois já tinha descido ,quando seu marido chegou foram rumo ao aeroporto.Quando chegaram lá encontraram sua filha,o esposo de sua filha , haviam se casado há oito anos em uma suposta cabana ao oeste de Moscou,e o seu neto que passou a conhecer.Enfim conseguiram retornar depois de tantos anos do inferno que estava a Rússia.